Há Tanta Beleza!

Delasnieve Daspet

A beleza da existência
Esta na dinâmica da vida...
É como o rio que, embora no mesmo lugar,
Nunca é o mesmo!
Renova-se a cada segundo,
Caminhando ao infinito!


A beleza da existência
Esta no vôo das gaivotas e
No pousar suave nas praias...
A marca dos passos n´areia
Permanecerão até a próxima onda.

Há tanta beleza no mundo...
Há tanta beleza no vento que leva a folha...
Há tanta beleza na chuva que cai,
Na flor que se abre pela manhã,
No sol que nasce todos os dias,
No luar que ilumina a noite escura,
No dia que chega e que se vai.

Há tanta beleza na mão estendida
Que acolhe e que doa,
Na solidariedade que abraça irmãos...

Há tanta beleza na vida
Que meu coração parece que vai explodir
De tanta gratidão!

DD-junho-09

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A PAZ não é somente um sonho dos poetas!

Sílvia Mota - "Poeta do Amor e da Paz"

As terras por onde vivo
cercam-se por oceanos,
e, para além desse encanto,
existem pontos terrestres,
cujos dedos, quase em riste,
a um nada, tocam o céu...



Encontro, pelos caminhos,
suave perfume das flores
a seduzir bem-te-vis,
que, à liberdade – banal -
rodopiam na alegria...

Encontro, nos arredores,
o verde das cordilheiras,
que, visto de longe, é azul,
num jaez inigualável...
não se funde com o céu,
em respeito à plenitude,
esparzida ao derredor!

As terras por onde vivo
são tomadas por humanos,
criados tão lindos, perfeitos...
mas, vaidosos, arrogantes,
narcisistas, ditadores,
enveredaram, depressa,
pelos vícios da maldade...
e, no tempo, se estragaram,
pela falta de cuidado...

As terras por onde vivo,
seja aqui, seja acolá,
são de Amor e muita Fé,
mas, o Ódio humano, insano,
desequilibra a balança
e, muitos, nem mais se lembram,
do conceito de Justiça!
E essa “coisa” de Justiça,
vinda ao clamor da Igualdade,
recolhe-se, envergonhada,
como se fosse a culpada
pela inversão dos valores,
inclinados para o Mal...

Mais arriba, bem acima,
cingidas, em desalento,
Esperança e Alegria,
choram pranto inexaurível,
por receberem a alcunha
de utopia inútil e vã!

As terras por onde vivo,
mostram, por todos os lados,
carne e pele, sangue e pus,
belo e feio, sorriso e lágrima,
discórdia e sabedoria,
ignorância e saber...

As terras por onde vivo,
onde passo minha Vida,
urdem minha liberdade!
Preciso de segurança,
ocultar em cofre forte,
as jóias da minha vaidade!
Fujo ao medo dos ladrões,
ensurdeço ao estampido
de tantas balas perdidas,
jamais forjadas ao mel...

Mas, nas terras onde vivo,
tem valor em extinção,
existe, ainda, intocável,
O MEU CORAÇÃO DE POETA,
guardando – incólume – a PAZ,
a proteger as virtudes,
jogadas, todas, ao léu...
Moram, inda, nessas terras,
muitos outros corações,
poetas, a exemplo do meu...
Inabaláveis, prosseguem,
nesse caminho de sonhos,
achincalhado por tantos!

Enquanto houver, pelo mundo,
coração fidalgo e poeta,
- nem que seja só o meu -
- ou, quiçá, o teu e o meu? -
haverá resposta, alerta,
nascida de um verso rico,
ou de uma rima bem pobre,
talvez, de flor com amor,
ou de sorriso com riso...
Pouco importa o rimar,
pois cresce na acepção,
ao traduzir-se em ação.

Nas terras por onde vivo,
faz-se urgente, difundir,
comprovar, de vento a vento,
o possível renascer
da virtude original,
que propõe aos homens todos,
espalhados no Universo,
um igual senso do AMOR,
ter FÉ - certeza da PAZ!

Se o teu sonho for o meu
e o meu, também, for o teu,
nada será fantasia,
nem mais sonho de poeta!

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Auto Retrato

Vanderli Medeiros

Tatuarei nesses versos
gritos de minh'alma,
meu auto-retrato.

Sei que errei,
E com igual peso,
também, amei!

Nos versos que ora nascem,
despida, totalmente nua,
exponho-me...
Esboçando a mulher que dormita em mim...

E nessa constatação de meu erro,
vou urdindo a absolvição.
Rogando aos céus e a terra
Mais uma concessão:

Traga-me aquele
que é dono de meu coração.
Esboço de minh'alma;
Alma gêmea da minha;
Meu porto,
minha calma!

Barra do Garças - MT - 25/10/02

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